Geral
Pesquisadores brasileiros apontam colapso na cobertura Florestal até 2050
Estudo liderado por cientistas nacionais aponta medidas urgentes necessárias para evitar redução significativa na região amazônica.
Em um chamado urgente à ação, pesquisadores brasileiros lideram um estudo que projeta um cenário preocupante para a região amazônica até 2050, alertando para a possibilidade de uma redução substancial na cobertura florestal se medidas eficazes não forem tomadas.
A cientista Marina Hirota, uma das coordenadoras do estudo, destaca a gravidade da situação: "A gente encontra aí mais ou menos 50% de possibilidades. Significa [redução de] uma quantidade substancial de floresta, o que influencia na quantidade de água, na quantidade de carbono que a floresta é capaz de manter e reciclar água."
O estudo, que envolve 24 pesquisadores de todo o mundo, sendo 14 brasileiros, destaca a importância de combater o desmatamento como uma ação crucial para afastar a ameaça iminente. Marina Hirota enfatiza que essa medida já está em andamento, mas ressalta a necessidade de avançar na restauração ecológica, uma tarefa que depende de diferentes modelos de governança.
A cientista também aborda a relação entre mudanças climáticas e a Amazônia, destacando que estratégias de mitigação dependem de uma governança mundial. Ela alerta para os impactos das mudanças climáticas na região, como a redução gradual das chuvas e o aumento da intensidade das secas, ressaltando a necessidade de ações coordenadas globalmente.
O estudo, derivado de um relatório do Painel Científico da Amazônia em 2020, destaca a região Sudeste da Amazônia como a mais suscetível a mudanças. Além disso, aponta para a urgência de agir diante do aumento das temperaturas, secas extremas, desmatamento e incêndios.
Bernardo Flores, outro coordenador da pesquisa, enfatiza a proximidade dos limites críticos, alertando que "estamos nos aproximando de todos os limiares. No ritmo em que estamos, todos serão alcançados neste século. E a interação entre todos eles pode fazer com que aconteça (o colapso) antes do esperado." A pesquisa ressalta a importância de preservar não apenas a biodiversidade, mas também os meios de subsistência das comunidades que dependem da floresta.
A cientista destaca o senso de urgência que o artigo traz: "Essa é a urgência que eu acho importante e que o artigo coloca como um sinal amarelo forte para a gente tomar certas atitudes e buscar melhorias significativas para manter a floresta de pé e o mais viva possível, não só em termos de árvores e animais, mas também dos povos que vivem na floresta e na Amazônia há milhares de anos."
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