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Mercado de Trabalho

Taxas de desemprego apontam desigualdade entre gêneros e raças no Brasil

Pesquisa revela disparidades no desemprego de mulheres e população negra, destacando também a influência da escolaridade.

Por Redação com Agência Brasil 16/02/2024 15h03
Taxas de desemprego apontam desigualdade entre gêneros e raças no Brasil
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), expõe a persistente desigualdade no mercado de trabalho brasileiro. Ao analisar as taxas de desocupação no último trimestre de 2023, a pesquisa revela diferenças significativas entre gêneros e grupos raciais.

Mulheres em Desvantagem

Enquanto a média nacional de desocupação atingiu 7,4%, as mulheres registraram uma taxa de 9,2%, em contraste com os homens, que apresentaram índice de 6%. A diferença entre as taxas de desemprego de mulheres e homens destaca a persistência da desigualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro.

Desemprego por Cor da Pele

Ao analisar a questão racial, a Pnad aponta que a população branca apresentou uma taxa de desemprego de 5,9%, enquanto os pretos (8,9%) e pardos (8,5%) superaram a média nacional. Essa discrepância reflete uma realidade persistente, mantendo-se praticamente inalterada desde o início da série histórica.

Escolaridade e Empregabilidade

A relação entre escolaridade e empregabilidade também é evidenciada na pesquisa. Aqueles com ensino médio incompleto enfrentam a taxa de desemprego mais elevada, atingindo 13%, enquanto o grupo com nível superior incompleto registrou uma taxa de 7,6%, mais que o dobro daqueles com nível superior completo (3,6%).

Desemprego nos Estados

Ao analisar o comportamento do mercado de trabalho em 2023, a pesquisa aponta uma redução nas taxas de desocupação em 26 das 27 unidades federativas. Apenas Roraima apresentou um aumento, passando de 6,8% para 7%. As maiores taxas de desemprego anual foram observadas em Pernambuco (13,4%), Bahia (13,2%) e Amapá (11,3%), enquanto as menores ficaram com Rondônia (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Santa Catarina (3,4%).

Informalidade e Emprego Formal

A taxa anual de informalidade, que inclui trabalhadores sem carteira assinada e autônomos, foi de 39,2% em 2023. Estados como Maranhão (56,5%), Pará (56,5%) e Piauí (54,4%) apresentaram as maiores taxas de informalidade, enquanto Santa Catarina (26,4%), Distrito Federal (29,7%) e São Paulo (31,5%) registraram as menores.

No que diz respeito ao emprego formal, 73,7% dos empregados do setor privado possuíam carteira assinada no último trimestre de 2023. Essa formalização variou significativamente entre estados, com percentuais mais elevados em Santa Catarina (88,2%), Rio Grande do Sul (81,9%) e Paraná (81,7%), e mais baixos no Maranhão (48,9%), Piauí (51,6%) e Paraíba (54,9%).

A pesquisa, que abrange 211 domicílios em 3.464 municípios, destaca a complexidade das disparidades no mercado de trabalho brasileiro e aponta para a necessidade contínua de políticas que visem à equidade de gênero e raça.

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