Geral
Presidente defende paz na Palestina, enquanto Israel reage duramente
Geraldo Alckmin e a divergência sobre as declarações do presidente brasileiro em meio ao conflito no Oriente Médio.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), manifestou nesta segunda-feira (19) a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao conflito na Palestina, destacando o apelo pela paz. Após participar de um encontro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Alckmin reforçou: "O que ele defende é a paz. O que ele quer é a paz, que haja aí um cessar-fogo no sentido da busca pela paz."
Alckmin abordou as polêmicas declarações de Lula, que estabeleceu uma analogia entre os ataques israelenses e as mortes dos judeus na Segunda Guerra Mundial. O vice-presidente ressaltou que Lula condenou, em diversas ocasiões, os ataques do Hamas contra a população civil de Israel em outubro do ano passado, classificando-os como "uma ação terrorista."
Durante uma viagem oficial à Etiópia, Lula classificou as mortes de civis em Gaza como genocídio, criticou países desenvolvidos por reduzirem ou cortarem a ajuda humanitária na região e fez uma comparação controversa: "O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus."
As declarações provocaram uma dura reação de Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que as palavras de Lula equivalem a "cruzar uma linha vermelha," enquanto o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, declarou Lula persona non grata no país. "Nós não perdoaremos e não esqueceremos. Informei ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que se desculpe e se retrate por suas palavras," afirmou Katz pelas redes sociais.
Reação desproporcional
Faz quatro meses que começaram os ataques de Israel à Faixa de Gaza, iniciados em resposta ao grupo terrorista Hamas ter provocado a morte de 1.139 pessoas em 7 de outubro de 2023. O saldo atual dos ataques israelenses ultrapassou 27,7 mil vítimas, conforme dados do Ministério da Saúde de Gaza, sendo a maioria composta por mulheres e crianças. Essa escalada de violência tem gerado preocupações e reações em outras nações de mundo, aprofundando as tensões na região.
Além das vozes internacionais, organizações dentro de Israel também criticam as ações do país. Uma delas é a Rompendo o Silêncio, composta por soldados israelenses que expressam sua decepção com as experiências vividas. O porta-voz da organização, Eran Efrati, um ex-soldado de 29 anos sediado em Jerusalém, descreve a campanha de Israel em Gaza como um "massacre". Para Efrati, a situação é marcada por um cerco de mais de uma década a Gaza e uma ocupação que perdura há mais de 65 anos. Ele argumenta que a opressão dos seres humanos é uma realidade e que, consequentemente, a resistência é inevitável. Essa perspectiva interna evidencia as divergências e debates dentro de Israel sobre as políticas adotadas pelo governo em relação à Palestina.
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