A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) expressa indignação diante da situação crítica no hospital Nasser, em Khan Younis, Gaza, após um ataque e invasão por forças israelenses em 15 de fevereiro. Aproximadamente 130 pacientes e pelo menos 15 profissionais de saúde permanecem no hospital sem eletricidade, água corrente adequada e com recursos limitados, enquanto a ONU busca transferir pacientes críticos e evacuar os demais.

Guillemette Thomas, coordenadora-médica de MSF para a Palestina, declara: "A situação no hospital Nasser é mais um exemplo de como as instalações de saúde estão sendo desmanteladas uma a uma nesta guerra. Estamos indignados, porque mais uma vez eles tiveram que pagar um preço alto."

Após uma bomba atingir o setor de ortopedia da unidade em 15 de fevereiro, caos se instaurou, resultando em mortes e ferimentos. MSF destaca que equipes médicas foram forçadas a fugir, deixando para trás pacientes gravemente enfermos. A falta de informações sobre a equipe e pacientes agrava a preocupação.

O contexto é marcado por semanas de intensos combates, onde equipes médicas, pacientes e pessoas deslocadas ficaram encurraladas no hospital, com pouco acesso a suprimentos essenciais. A solicitação da MSF por evacuação segura destaca a necessidade urgente de preservar vidas em meio a um ambiente de guerra.

Além disso, a MSF clama pelas autoridades israelenses para compartilharem informações sobre dois de seus profissionais desaparecidos e detidos após o ataque, apelando pela segurança e proteção à dignidade deles.

Diante dos ataques a instalações de saúde, à equipe médica e aos pacientes, a MSF reitera o apelo urgente por um cessar-fogo imediato e sustentado, buscando preservar vidas civis e facilitar a entrada de ajuda humanitária na região.