A Síndrome de Asperger, integrante do Transtorno do Espectro Autista (TEA), revela nuances complexas no neurodesenvolvimento, sendo categorizada como grau um dentro dos três níveis do espectro.

De acordo com Letícia Catarina, psicóloga da Pró-Saúde, essa síndrome, embora muitas vezes apresente maior adaptação funcional, é marcada por desafios significativos, destacando-se pela dificuldade de comunicação, interação social e regulação emocional.

"A Síndrome de Asperger é identificada, especialmente, em crianças que manifestam comportamentos e percepções singulares. No âmbito do autismo, ela é classificada como nível um, caracterizando-se por interesses restritos, resistência à mudança e desafios na interação e compreensão da linguagem, seja em situações de brincadeira ou em momentos sérios", esclarece a especialista.

A Necessidade do Diagnóstico: Precoce e Tardio

Quando se trata de transtornos do espectro autista, o diagnóstico é uma peça-chave, seja ele precoce ou tardio, para melhor compreensão e gestão da condição. Letícia ressalta que mesmo o diagnóstico tardio desempenha um papel crucial na busca por qualidade de vida.

"Mesmo na fase adulta, o diagnóstico possibilita ao paciente e à sua rede de apoio entender a condição, proporcionando acesso ao suporte adequado para enfrentar os sintomas e superar as dificuldades associadas à síndrome", destaca a psicóloga.

Além disso, Letícia alerta para as consequências da ausência de diagnóstico, enfatizando que "a falta de identificação do transtorno autista e a ausência de apoio podem resultar em desafios abrangentes em todas as áreas da vida, contribuindo para problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão".