No mês dedicado à mulher, a Associação Paulista de Medicina (APM) apresenta um novo recurso destinado a médicas que enfrentam situações de preconceito e assédio em seus ambientes de trabalho. Esse lançamento é uma resposta direta a uma pesquisa realizada pela APM em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB) no final de 2023, que revelou números alarmantes sobre a discriminação de gênero na área médica.

Com mais de 1.400 médicas participantes em todo o país, o estudo identificou que 70% delas já sofreram algum tipo de preconceito durante o exercício da profissão. Além disso, 6 em cada 10 relataram ter enfrentado assédio moral ou sexual no ambiente de trabalho.

Diante desses resultados preocupantes, a APM decidiu oferecer um canal de apoio jurídico a partir deste mês de março. Médicas associadas ou não podem buscar auxílio junto à Defesa Profissional da entidade, através do telefone (11) 3188-4207 e/ou e-mail [email protected].

"É lamentável o tratamento desigual dispensado às profissionais de saúde mulheres. Precisamos de mais avanços, respeito e espaços seguros. O canal de apoio jurídico lançado pela APM é uma forma de contribuir com essa causa fundamental, prestando assistência às médicas", destaca Francine Curtolo, assessora jurídica da Associação Paulista de Medicina.

Além desse suporte, a APM está formando o Comitê de Mulheres na Medicina, vinculado à Diretoria de Responsabilidade Social, para representar e defender as profissionais em suas diversas necessidades. Esta iniciativa reflete o compromisso da entidade com a igualdade de gênero e o respeito às mulheres na área da saúde.