As principais companhias aéreas e sindicatos de aviação dos Estados Unidos fizeram um apelo na quinta-feira ao governo Biden para suspender as aprovações de voos adicionais entre a China e os EUA, citando políticas anticompetitivas do governo chinês em curso.

Em fevereiro, o Departamento de Transportes dos EUA anunciou que as companhias aéreas de passageiros chinesas poderiam aumentar os voos semanais entre os dois países para 50, a partir de 31 de março, um aumento significativo dos atuais 35. No entanto, as transportadoras norte-americanas também foram autorizadas a realizar 50 voos por semana, mas não estão utilizando todos esses voos no momento.

Airlines for America, um grupo comercial que representa empresas como American Airlines, Delta Air Lines e United Airlines, junto com os sindicatos, enviou uma carta aos departamentos de Transporte e Estado, destacando a "vantagem" das companhias aéreas chinesas em relação às americanas, devido ao acesso contínuo ao espaço aéreo russo. Enquanto as transportadoras dos EUA pararam de voar sobre a Rússia desde a invasão da Ucrânia em março de 2022.

"Interrompam os voos adicionais de passageiros entre os Estados Unidos e a China até que os trabalhadores e as empresas dos EUA tenham garantida a igualdade de acesso no mercado", afirmou a carta, que foi assinada por representantes da Air Line Pilots Association e outros sindicatos.

Os voos entre os dois países têm sido uma área de cooperação, mas as companhias aéreas americanas estão preocupadas com o ritmo acelerado do aumento dos voos. Temem que a administração Biden possa permitir que as transportadoras chinesas dobrem o número de voos semanais para 100.

Além disso, legisladores dos EUA também pediram ao governo Biden para não aprovar mais voos até que a China cumpra seu acordo bilateral existente e a demanda dos passageiros comece a se recuperar. Mais de 150 voos semanais de ida e volta foram permitidos antes da pandemia, mas até agosto de 2023, cada lado só podia voar 12 vezes por semana entre os dois países.