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Ministério da Saúde descentraliza distribuição de soro antiofídico em terras indígenas

Iniciativa busca reduzir tempo de socorro e salvar vidas em casos de acidentes com animais peçonhentos.

Por Redação com Agência Brasil 29/04/2024 17h05
Ministério da Saúde descentraliza distribuição de soro antiofídico em terras indígenas
Foto: Intituto Vital Brasil

A distribuição de soro antiofídico em terras indígenas brasileiras será descentralizada pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de aumentar os pontos de atendimento para pacientes vítimas de acidentes com animais peçonhentos. A descentralização já foi implementada em sete distritos sanitários especiais indígenas (Dseis) do Amazonas no início deste ano, com o próximo passo sendo o Dsei Yanomami, em Roraima.

O Ministério da Saúde afirmou que a mudança visa reduzir o tempo de socorro, diminuindo os riscos de morte e sequelas permanentes. Inicialmente, a prioridade foi dada aos distritos indígenas mais vulneráveis, que têm risco quatro vezes maior de sofrer acidentes com animais peçonhentos em comparação a outros grupos. A letalidade nesses casos é até seis vezes maior entre os indígenas.

A previsão é de que a descentralização seja implementada em todos os estados da Região Norte, que concentram o maior número de casos e óbitos por acidentes com animais peçonhentos. Casos graves ainda serão transferidos para hospitais de referência do Sistema Único de Saúde (SUS).

Reestruturação

A estratégia do ministério inclui o investimento em caixas térmicas e freezers para transporte e armazenamento do soro antiofídico, além do treinamento de profissionais de saúde. O Dsei Yanomami recebeu cinco câmaras refrigeradas elétricas e dez câmaras refrigeradas solares para armazenar imunobiológicos. O Dsei Leste Roraima, que atende sete povos, recebeu cinco câmaras elétricas e 16 câmaras solares.

Além disso, o Dsei Yanomami recebeu 447 caixas térmicas de 2,7 e 20 litros, enquanto o Dsei Leste Roraima foi contemplado com 327 caixas.

Mais doses

O ministério também está estudando a ampliação do número de produtores credenciados para fabricação de soro antiofídico. Atualmente, apenas um laboratório produz o soro, mas a expectativa é que, a partir de 2025, esse número chegue a três.

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