O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou nesta quinta-feira (16) o julgamento dos recursos do PT e PL que solicitam a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Lava Jato, por suposto abuso de poder econômico e outros crimes eleitorais durante a pré-campanha das eleições de 2022.

O relator do caso no TSE, ministro Floriano de Azevedo Marques, apresentou o relatório com a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que rejeitou, por maioria, a cassação do senador no mês anterior.

O julgamento será retomado na próxima sessão plenária, agendada para as 19h da próxima terça-feira (21), quando serão ouvidas as defesas de Moro, dos partidos envolvidos e da Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE). A votação ocorrerá após as sustentações orais.

Moro é acusado pelos partidos adversários de ter feito grandes gastos durante a pré-campanha para as eleições, configurando uma suposta desvantagem ilícita na disputa pelo Senado no Paraná. Os investimentos incluem a compra de veículo blindado, segurança pessoal e gastos com escritórios de advocacia.

O Ministério Público apontou despesas de aproximadamente R$ 2 milhões, enquanto o PL mencionou gastos irregulares de R$ 7 milhões e o PT, de R$ 21 milhões. A PGE defendeu a absolvição de Moro, argumentando que os gastos não influenciaram a eleição no estado.

Os advogados do ex-juiz negam as irregularidades e defendem a legalidade dos gastos, enfatizando que Moro não se elegeu no Paraná devido à suposta pré-campanha "mais robusta" como alegam os partidos adversários.