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EUA têm os maiores juros desde 2008

O Fed elevou a taxa em 0,75 ponto porcentual pela 4ª vez consecutiva

Por Redação com site* 03/11/2022 17h05 - Atualizado em 03/11/2022 17h05
EUA têm os maiores juros desde 2008
Reunião do Comitê Federal de Mercado, dos Estados Unidos - Foto: Foto: Divulgação

O Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, elevou na quarta-feira 2 a taxa de juros em 0,75 ponto porcentual pela quarta vez consecutiva — o sexto no ano. Com isso, os juros norte-americanos passam a um intervalo de 3,75% a 4% ao ano.

O aperto monetário de maior intensidade é uma ofensiva do Fed para tentar controlar a inflação, que está assolando a economia do país há meses.

Devido aos sucessivos aumentos de três quartos de ponto porcentual, que começaram a partir de 15 de junho, a taxa de juros nos EUA atingiu seu maior nível desde janeiro de 2008.

Em comunicado, o Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed (Fomc) destacou a intenção de trazer a inflação, que atualmente está em 8,2% ao ano, para próximo da meta de 2%.

“A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços de energia e pressões de preços mais amplas”, afirmou o Comitê.

“A guerra da Rússia contra a Ucrânia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas, criando uma pressão adicional sobre a inflação e pesando sobre a atividade econômica mundial. O Comitê está altamente atento aos riscos inflacionários”, acrescentou.

O impacto no Brasil


A alta de juros nos EUA vem penalizando os mercados globais há alguns meses. A possibilidade de recessão na maior economia do mundo ainda preocupa. Um cenário que também prejudicaria o Brasil.

Essa alta de juros nos EUA tem duas consequências imediatas: fortalecimento do dólar e queda na atividade econômica.

O Brasil é diretamente impactado pelas duas, dólar mais alto tem impacto direto na inflação e queda na atividade econômica dos Estados Unidos afeta negativamente o desempenho de todas as economias do mundo, explicou Guilherme Loures, economista da WIT Invest. “Nesses cenários, é natural que aconteça uma migração para ativos mais seguros, como os títulos públicos americanos. Esse movimento acaba retirando capital dos mercados emergentes como a bolsa brasileira”, disse ao jornal Estado de S.Paulo.

*Revista Oeste

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