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Mais de 470%: Alagoas registra aumento histórico de doações de órgãos em 2024
Em 2024, a Central de Transplantes de Alagoas, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), alcançou um notável aumento de 471% nas autorizações familiares para doação de órgãos, totalizando 40 permissões, em comparação com as 7 registradas no ano anterior.
Importante destacar que, com a constatação de morte encefálica, um único doador pode possibilitar a doação de diversos órgãos, como coração, rins, córneas e fígado. Em 2024, foram captados 68 rins, dos quais 13 foram transplantados em pacientes alagoanos e 55 foram enviados para outros estados. Também foram captados 19 fígados, com 14 sendo transplantados em Alagoas e 5 disponibilizados para outras unidades federativas.
Além disso, foram captadas 131 córneas em 2024, provenientes tanto de doadores alagoanos quanto de outros estados. O total de transplantes realizados no estado também subiu significativamente, atingindo 170 procedimentos — 141 de córneas, 13 de rins, 14 de fígado e 2 de coração. Isso representa um aumento de 93% no número de transplantes, se comparado ao ano passado.
Para Daniela Ramos, coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, o incremento nos números reflete o impacto positivo das campanhas de conscientização realizadas. “Através de diversas ações, buscamos sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos. Nosso objetivo é mostrar que este é um gesto de amor que pode salvar vidas”, afirmou.
O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, parabenizou a equipe da Central de Transplantes e reforçou o papel fundamental da doação. “Os profissionais têm se empenhado para garantir que as pessoas possam continuar suas vidas de forma plena por meio dos transplantes, e têm conseguido sensibilizar a população sobre a importância de dizer ‘sim’ à vida”, destacou.
Em 2024, Alagoas também fez história ao iniciar a realização de transplantes pela Rede Pública Estadual de Saúde, com a habilitação do Hospital do Coração Alagoano, autorizado pelo Ministério da Saúde. “Esse marco representa um avanço significativo para a saúde do estado, pois agora realizamos transplantes de coração, rins e fígado em nossa rede pública própria”, concluiu o secretário.
Tagliane do Nascimento, que tomou a difícil decisão de doar os órgãos de um ente querido, compartilhou sua experiência. “A dor da perda é imensa, mas tenho como consolo saber que uma parte do meu ente querido continua viva, ajudando outras pessoas. Espero que cada vez mais famílias decidam doar e que o tema seja discutido com mais naturalidade”, afirmou.
Apesar do aumento nas doações, 521 alagoanos ainda aguardam na lista de espera para transplante. Desses, 510 estão à espera de córneas, 6 de rins, 4 de fígado e 1 de coração.
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