O agricultor Dorgival Pedro Xavier, de 47 anos, é um dos pacientes que passaram por um procedimento cirúrgico ortopédico de segundo tempo no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. Como ele, outros 17 pacientes foram beneficiados na primeira semana em que as cirurgias de baixa e média complexidade passaram a ser realizadas na unidade hospitalar, que é porta de entrada para casos de urgência e emergência no Estado.

“Eu estou tão feliz! Amanhã estou voltando para casa. Sempre entendi o perfil do HGE, de realizar os procedimentos emergenciais, como falam. Com esta nova determinação, os pacientes, como eu, serão grandemente beneficiados”, ressaltou o agricultor, que deu entrada no hospital após sofrer um acidente de trânsito e realizar cirurgias na pelves e braço esquerdo, ambos com fraturas não emergenciais.

Rodrigo Melo, diretor médico do HGE, ressaltou que o objetivo da gestão é realizar entre 100 e 150 cirurgias mensais, podendo chegar a 200, acabando com a demanda reprimida no Estado. “Vamos continuar trabalhando para melhor atender a população alagoana. Serão quatro dias cirúrgicos por semana, uma média de 6 a 8 procedimentos, a depender da procura. Queremos oferecer um serviço com mais dignidade no atendimento e tratamento”, destacou.

A realização de cirurgias ortopédicas de segundo tempo de baixa e média complexidade no HGE agilizará a assistência prestada. Anteriormente, os pacientes que precisavam das cirurgias ortopédicas de segundo tempo eram transferidos para o Hospital Regional da Mata, em União dos Palmares; Hospital Regional do Norte, em Porto Calvo; Hospital Veredas, em Maceió; e Hospital Carvalho Beltrão, em Coruripe. Para essas unidades continuam sendo referenciados os casos de alta complexidade.

Agora, o cidadão que sofrer um acidente, por exemplo, terá acesso ao atendimento emergencial e fará o procedimento complementar no próprio HGE, agilizando a recuperação. Em seguida, ele será encaminhado para a reabilitação e atendimento ambulatorial. As cirurgias ortopédicas de segundo tempo são, na maioria, originárias do trauma.

Para assegurar o procedimento é seguido um fluxo, segundo explicou o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda. O paciente é atendido na Emergência, Área Vermelha Trauma, onde é realizado o atendimento multidisciplinar que indica as próximas necessidades assistenciais e, caso o médico veja a necessidade de cirurgia de emergência, ela é feita imediatamente.